DIRTY DREAM.

Estou procurando uma parada de ônibus, passo por uma praça e avisto que do outro lado da rua tem uma. Estou em um bairro que não conheço. Vejo que vem ônibus na pista, mas nenhum parece ser pra mim. Me apresso pra chegar na parada e alguns ônibus vão passando por mim, nenhum serve. Na parada, algumas pessoas esperam também. Um ônibus preto para, abre a porta e umas 4 mulheres descem. Dizem que são do Bonde das Popozudas. Elas ficam andando entre nós e puxando conversa, falando de funk, perguntando se queremos autógrafos, tirar fotos. Mas ninguém parece conhecer nenhuma das mulheres, ninguém parece conhecer o bonde. Olho pra morena mais bonita, um corpo lindo, e penso em jogar uma conversa pra ver se rola algo. Fico pensando que queria mesmo era a Valesca. Aquele rabo. Digo pra moça morena que conheço o bonde, gosto das músicas. Ela sorri pra mim alegre e vem pra perto. Conversamos um pouco. “Você gosta mesmo de funk?” Ela me pergunta. “Sim, gosto. Acho que as letras de vocês são incríveis, libertadoras, o que não curto mesmo é a cadência, o ritmo do funk, que acho meio limitado, mas as letras, acho geniais, cadê a Valesca, tá com vocês ai?” Pergunto. Ela me sorri, conversamos mais um pouco. Noto que um senhor me observa. Olho pra ele, e quando a moça morena se afasta eu pergunto ao senhor; “Qual ônibus aqui eu pego que passe na Bezerra?” “Na Bezerra?!” Ele devolve. “Sim, ou no terminal do Antônio Bezerra”. Falo. “Olha, não sei não, viu”. Ele diz. Volto a olhar a pista, ônibus passam e nenhum parece servir pra mim. Estou em uma parte da cidade desconhecida, fico pensando que vou ter que voltar pra casa a pé, mas estou sem vontade alguma de caminhar. Um ônibus para e muita gente que está na parada sobe. Fico esperando por algum que eu possa pegar. 

Então acordo.


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