LUST FOR LIFE.
-Um tempo atrás Iggy lançou um disco novo. -Esse não ouvi ainda. É bom? -Eu gostei. -Sonzeira pesada? Só espero sujeira dele. -Que nada, o contrário. Baixei o disco esperando isso também. Daí dei o play e me surge um Iggy Pop calmo, tranquilo, cantando canções em violão dedilhado, violino, um folk bem feito e comportado, em algumas canções ele canta um jazz. Saca, Iggy Pop like a Sir. Totalmente diferente daquele cara loquera que gritava “Eu quero ser seu cachorro!” nos anos 60. -Porra cara, isso eu não imaginaria mesmo. -Pois é, achei muito curioso. Então... Mudanças, vê. -Sim. E o disco, tá bom mesmo? -Gostei. -Esses caras são foda, eles sabem realmente como fazer um som. O tempo só os melhora. -Experiência. -É, experiência. Eles usam isso a favor. Aprendem a não cometer os mesmos erros, eu acho. -Totalmente diferente de caras como nós. -É, isso é verdade. Estava relendo esse diálogo de uma “peça” que comecei a escrever um tempão atrás, e que nunca con