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Mostrando postagens de junho, 2015

O AMOR E SUAS DORES.

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Conheci o trabalho de Sharon Van Etten em 2012, logo após ela ter lançado “ Tramp ”. Conheci por acaso enquanto ouvia outra cantora, e Sharon apareceu como nome relacionado. Ouvi seu som e de imediato ele me instigou pra procurar seu, na época, recente disco. E “Tramp” me pegou de imediato. Eu sentia mais e mais vontade de ouvir suas músicas, mas sabia que tinha que ter cuidado. Sharon Van Etten é uma cantora que tem que ser ouvida com moderação e bastante cuidado, suas canções sempre melancólicas, dramáticas e com temas sofridos do amor podem te pegar de jeito e te derrubar pelo caminho. Um tempo depois que conheci seu trabalho uma de suas canções entrou na trilha do seriado “ The Walking Dead ”, e eu imaginei que ela explodiria para o grande público, e torci para isso. Em 2014 ela lançou “ Are We There ”, e então eu já era um fã confesso da moça aguardando um novo lançamento. Logo após ter dado o play na primeira faixa eu sabia que coisa boa vinha por lá, e que mais u

ESTE HOMEM.

I E então um deus falou: Este é um homem condenado Por todos seus sonhos, E deveria, mas nunca Será redimido Ou conhecerá a salvação Porque conheceu o fogo E é, em sua carne, o fogo Que queima mas não destrói Como a música desesperada O instinto incontrolável e suicida De todos os sonhos condenados, Este homem É um ritual autofágico De tambores Dos trompetes estranhamente silenciosos Em seus sons diabólicos, A mágica do inferno No cérebro, na alma, nos ouvidos E as perdições humanas e suas cadeias E as cordas dos instrumentos e as flores – Este homem Estará para sempre condenado, não existe caminho Por onde lhe escape o destino E que o proteja das profecias – Talvez alguém lhes diga Quem era este homem. II E o outro deus disse: Este homem está salvo Porque foi tão esmagado E tão repleto e consciente Dos sons, das tristezas, do fogo, das condenações e das mágicas (Como o funeral de um anjo) Que ele ir

A VIDA NÃO É NADA DO QUE EU PENSAVA.

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Ernst Ludwig Kirchner, Artistin Marzella Hoje vivi um pouco Talvez uns Segundos Coisa de façanha Foi mérito alheio Trazido à boca Nada que alarmasse Os vizinhos Apenas Pouco ... Como lavar e etc. Por que razão Fazemos perguntas Quando já temos a Resposta mais que escrita E triturada Na cabeça e No corpo? Repetir o que sabemos Mas não queremos Talvez seja forma De limpeza Coisa de roupa suja Que precisa de Quarar ao sol Para só assim Desaparecer Porque para sumir Mesmo É preciso morrer Como morrem Os indigentes Sem deixar lástimas, Ou nome no Cemitério Quero que a Minha dor Acabe assim Sem corpo ... A vida não é nada Nada Do que eu pensava Imaginava uma vista Do Arizona Seca e bela Larga até o fim do Mundo Onde tudo existia Pelo meu gosto Ou tristeza Aí Pedi areia sem água Veio amor sem remédio E coisas de permanência Sem tempo e sem memória