O cantor Alagoano Wado, apresentou-se a pouco mais de uma hora no Dragão do Mar participando do quinto festival da música independente realizado pelo Centro Cultural BNB. Wado que é um dos bons nomes da música brasileira atual, é dono de 5 bons discos onde sempre mandou ótimas composições, sempre reflexivas sobre o lado social quanto o sentimental nosso de cada dia.
Preparando-se para lançar “Samba 808”, seu sexto disco. No show de hoje, Wado com seu jeito meio tímido e sorridente de se apresentar no palco, tateou entre “A Farsa do Samba Nublado”, “Terceiro Mundo Festivo” e “Atlântico Negro”, seus 3 ótimos trabalhos mais recentes. E entre canções calmas e bonitas como “Pavão Macaco”, “Fortalece Aí”, “Melhor”, Wado colocou o povo para gastar sandália com seus sambas mais gingados e funks pra dançar com boas letras para cantar.
Quem ainda não conhece o som do cara e quer ouvir, é só chegar no site do cantor onde está disponibilizado de grátis todos os discos para download. Mando aqui “Pavão Macaco”, uma das melhores músicas do maravilhoso “Atlântico Negro”.
Seu nome era Ruan, mas nós o chamávamos de Ramon. Nos conhecemos na época do colégio. Ele tinha 15 anos e ficava com todas as meninas que queria, no bairro e das festas que nós íamos. Tocava guitarra em uma banda de punk rock e cantava também. Praticamente em cada festa, saía com uma garota diferente. Namorava uma garota da escola. Sempre uma diferente em cada ano. Mas teve uma com quem passou dois anos juntos. Falavam em casamento. Um dia terminaram. Fazíamos festas na casa dos amigos quando os pais raramente viajavam, Ramon sempre desaparecia, depois o víamos andando pela casa segurando a mão de uma garota. Ele nunca falava das coisas que acontecia, nunca se gabava, era somente algo natural nele, algo que gostava, algo que fazia. Nós sentávamos e conversávamos por horas como se o mundo nunca fosse acabar, como se nossas vidas nunca fossem parar um dia. Ramon andava de skate pela cidade, havia competido um tempo, ganhou um troféu e uma medalha. Escutava Punk rock e música ...
Onde permaneço em um lugar que mal conheço? Em que coração habito sem saber que ali fui colocado? Em que olho estou para ser observado? Em que poema existo sem saber que ali fui escrito? Em que quadro vivo sem saber que ali fui pintado? De que lado estou no qual a escuridão me habita dia e noite? Que sofrimento sou que coroe algum peito? Que paixão sou sem sabe que acabei despertando? E que vida é essa que por mim ainda não foi encontrada? _____ E para comemorar os mil acessos a este humilde, porém limpinho blog, " O Medo" , poema que abre “ Quatro Paredes ”, livro meu ainda inédito.
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