Amigos, amigos, o que eu já vi acordado na minha cozinha eu caminhei em sonhos. O que eu já vi acordado apagou um monte de pesadelos que se transformaram depois em sonhos tamanho era o que foi visto. Valeu? Valeu, Aleluia. Mas a beleza a gente só experiência na vida e no corpo, nunca no mundo de sonhos. Este, um outro nome para onanismo. Engraçado, tem uns dias que eu acordo achando este negócio de escrever coisa de viado. Me lembro que um dia estava conversando com um amigo aí no Brasil, quando, depois de ter me mostrado raridades da literatura universal, um dos melhores papos que eu já tive, virei para ele, ainda meio tímido, e disse: “Quer saber, vou te falar uma coisa, acho que ninguém sabe disso, o que eu sempre sonhei ser na vida foi marinheiro, viajar por aí. Mas não deu, ainda”. Então ele virou e disse, ou citou: “A mesa do escritor é o seu navio”. Eu virei e falei: “Ah rapaz, não é não. Te dou certeza, não é não”. E bebi o melhor café da minha vida naquela tarde. Vez por outra...