ANO NOVO, CASA VELHA.

E então é o que é. 2010 começou e eu ainda não senti começar. Faz tempo que não comemoro ano novo. Faz tempo que não comemoro natal, aniversário meu ou de algum amigo. Faz tempo que não comemoro nada. Eu não sou de comemorar, não sou de festa nem de acreditar em muitas coisas. Eu não acredito em ano novo. E talvez por não comemorar ano novo nem acreditar muito, que não senti diferença entre 2009 e o já 2010. Para mim, é só continuação. Eu só estou continuando algo, essa existência. E o tempo vai passando e passando com isso. Todos os dias são um novo dia, todos os dias são começo e fim de algo, da vida. Claro que mesmo não comemorando ano novo estou à mercê deste sentimento; “daquilo que se pode renovar”, ou reciclar (você decide), e é claro que espero coisas boas nestes novos dias. Vamos lá, vamos ver o que acontece.
Não fiz planos para este 2010. Não planos como se deve fazer, mas somente os que farão bem à minha alma. Nunca fui de fazer planos, talvez esse seja um de meus problemas em viver, talvez possa ser. Mas o fato é que no final de 2008 fiz uma lista de coisas a fazer em 2009, me programei, me acreditei nisso. E é claro que deu tudo errado. 2009 foi bom onde teve que ser bom, e foi ruim onde teve que ser ruim. Algumas percas, poucos ganhos, muito tempo gasto em coisas que não me ajudam em nada para o futuro, e alguns trabalhos. Então para não acontecer de tudo dar errado, eu continuo levando minha vida como posso levar.
Ano novo, velha casa. Passei um tempo arrumando este canto aqui, limpei tudo, todos os vestígios de um passado. Viver pode ser esquecer o que passou. Se você não tem as provas, nunca poderá cobrar nada. Eu sigo minha vida negando.
O Mundos Invisíveis continua lá, creio que única e exclusivamente porque o Edvaldo Ramos é um dos colaboradores do blog. Não fosse ele, tinha apagado tudo como fiz com o menino na janela. Agora estou por aqui, espero que por muito tempo. Preparei essa casa para me acolher como eu quero viver, e isso significa escrever não para agradar mais a ninguém, sim só fazer o que eu quero fazer. Eu perdi a mão da escrita, é verdade, dá para notar nitidamente. Mas bom, vamos nessa, vamos ver onde tudo isso chamado vida pode nos levar.
Última hora de 2009. Depois de bem um ano sem colocar algum álcool para dentro, fui no "Westfall", o pior vinhozinho que já tomei na vida.

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