CORAÇÃO DESTINADO.
Desde o
início
Meu coração
se sabe destinado
À lança.
Dorme a
serpente
Inchando seu
veneno
Os
escorpiões se escondem
Sob as
pedras
Corre ainda
meu sangue
Livre de
peçonha.
Uma lâmina
aguarda
Além da
esquina
Uma gilete
um vírus um projétil
Marcam na
estrada pontos de fronteira
Na mesma
estrada que caminho
Há tempos
Presos meus
pés a inarredáveis trilhos.
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